Tropeiros e Garimpeiros

1 de October de 2022 0 By ceu7
Debret

Os tropeiros eram responsáveis pela distribuição da produção brasileira nos séculos 17, 18 e 19, este fluxo propiciava a multiplicação das informações sobre os costumes e nossas tradições. 
Seus “pousos” deram origem a várias cidades do Brasil. 
Muito do que sabemos hoje sobre os tropeiros e do modo viajante da época, nós foi narrado pelos naturalistas europeus: os cronistas do século XIX.

No início do século XVIII,  o ouro circula entre as cidades de Jacobina e Rio de Contas, no sertão baiano, via abertas pela Coroa de Portugal, a Estrada Real da Bahia, possibilitava o transporte do produto até Salvador. 
No Brasil Colonia a construção dessas estradas foi especialmente intensa e relacionada com a atividade minerária.

Não é raro percorrer trilhas que cortam a Chapada Diamantina, e encontrar ruínas de localidades desaparecidas, que se dissiparam ao longo do processo de povoação da região, que foram sendo incorporadas as cidades que se estabeleceram com o fluxo da mineração, do ouro e dos diamantes.
Segundo Vilhena: Minas do Rio de Contas foi primitivamente um pouso chamado creoulos. 
Era distrito Mineiro que tinha legislação especial. Foi naquele lugar edificada uma capela sob a invocação de Santa Ana. Muito cresceu com a descoberta e a exploração do ouro, de 1718 em diante. Foi elevado a Vila em 1824.

Os colonizadores mantêm postos no caminho e cobram o “quinto” (20% de taxa) das tropas comerciantes
Os vestígios da antiga rota, calçada entre 1724 e 1725 para o escoamento do ouro e outras riquezas, compõem um traçado que atravessa o Parque Nacional. O maior trecho está em Rio de Contas – a primeira cidade fundada na região – com seis quilômetros de extensão, que vão dar na Serra das Almas.

A descrição da geografia, fauna, flora, clima, costumes, línguas e religião dos povos encontrados correspondem às expectativas de um público ávido de conhecimento e experiências novas. 
No século XIX os jardins botânicos e os museus se apresentam como um imenso livro da natureza, uma vez que dos quatro cantos do mundo, os naturalistas europeus, recolhem mudas, sementes, animais exóticos e minerais preciosos, cujo inventário revela a imagem de uma natureza inesgotável e de variedades infinitas; milhares de exemplares foram registrados por jardineiros e botânicos, estudiosos da geologia, zoologia e meteorologia desse período.
Muito do que de relevante sabemos hoje, sobre os tropeiros, se devem aos diversos relatos deixados por estes naturalistas.